sábado, 24 de janeiro de 2015

A FLECHA ATIRADA NÃO VOLTA MAIS





A flecha que se foi não volta mais, tenha ela ido para o alvo ou não, não se pode disparar o arco e sair correndo atrás tentando impedir a flecha lançada no horizonte, da mesma forma que não se sai correndo atrás da bala depois que o revolver foi disparado. É a palavra lançada, o pecado cometido, a injustiça levada à cabo, a ofensa disparada, a decisão mal tomada, a distração que leva ao erro.
Já foi, não tem como mais voltar atrás, voltar no tempo,  talvez haja possibilidade de retratação, arrependimento, confissão, mas mesmo assim o que foi feito, feito está e as vezes parece que o coração não entende que não é possível mudar o passado e começa disparar feito louco atrás da flecha lançada e geralmente o faz em plena madrugada quando era para ele estar descansando,  lá está ele abrindo mão do sono presente tentando reviver e reaver o passado, sei muito bem o que é isso...
Talvez seja tempo de dar ordens como quem grita ao próprio coração, aquieta-te, acalma-te, porque se agarrar ao perfeccionismo  que o prende ao que se passou e não pode mais ser alterado?
_Graça, não tem como explicar  uma técnica de aplicação, aliás nem se trata disso, tudo que tenho à dizer se limita pela experiência pessoal que nem sempre serve de parâmetro para todos, mas é algo que tem a ver com simplesmente abrir mão, você decide em seu coração não se incomodar mais com o que passou, é como ignorar a imagem que a lembrança traz  à memória até que tal lembrança de tão ignorada não te doa mais e consequentemente nem apareça mais.

Decida seguir em frente, seja o que tenha feito ou o que tenha dito, já passou é absolutamente impossível voltar ao passado para não fazer, não dizer ou não decidir o que foi mal decidido, apenas siga em frente libere-se por meio da Graça de Cristo dessa prisão emocional que é  correr atrás da flecha que se foi.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

CONTÉM AROMATIZANTE SINTÉTICO IDÊNTICO AO NATURAL=PARECE MAS NÃO É



Há alguns dias estive pensado sobre as mensagens que vem escrito em  embalagens de alguns produtos, mas algo que me saltou aos olhos foi algumas coisas peculiares de produtos que nos oferecem sabores de frutas, principalmente sucos e refrigerantes. O que me chamou a atenção é algo que sempre esteve exposto nas embalagens dos produtos (ainda que em letras muito pequenas)mas nunca tinha parado pra pensar nisso:
Contém aromatizante sintético idêntico ao natural”.
Em palavras mais direta é o mesmo que dizer:
Parece mas não é”
Em casos de refrigerantes e sucos, tem gosto da fruta, cor da fruta e cheiro da fruta  mas não é e nem contém a fruta de verdade. Mas tudo bem, em dias extremamente quentes como os últimos que estamos passando eu consigo ignorar muito bem essa questão ainda mais em se tratando de refrigerante bem gelado,acabo entrando no faz de conta, mas o que eu estive pensando é que não podemos levar para nossa conduta no viver diário o hábito de nos contentarmos com o que é artificial  apenas porque é mais prático, ou apenas para agradar as pessoas. Precisamos fugir da tentação de criarmos uma embalagem agradável de nós mesmos apenas para ser aceito, quando quem somos na verdade e de verdade é diferente da apresentação da embalagem. Precisamos buscar autenticidade, não podemos nos conformar em apenas parecer, precisamos de fato ser, sei que agir com honestidade é um pouco impopular e até mesmo arriscado, pois corremos o risco de sermos mal interpretado e até rejeitado por causa de alguns posicionamentos, nosso cristianismo por exemplo não pode apenas ter cor, sabor e cheiro é preciso termos de fato a vida Cristo em nós por meio do Espírito. Por outro lado não estou querendo dizer que devemos nos expor de qualquer forma para qualquer um, expor nossos dilemas, conflitos e limitações, não é isso, mas se tem algo que nos protege de criarmos uma máscara ou uma embalagem ou um composto artificial na sociedade e na comunidade em que estamos inseridos é ter alguém de confiança com o qual nós podemos confessar as limitações, conflitos e fraqueza, a fim de que desenvolvamos uma auto imagem correta de nós mesmos e sejamos ajudados à progredir na caminhada da fé e sobretudo nos expormos sem reservas para Aquele que não se deixa enganar por uma cor artificial, um sabor artificial e um aroma artificial pois Ele nos conhece por completo, mas mesmo sabendo quem somos de verdade Ele se propõe à nos amar, acolher e restaurar-nos para glória dEle. Por isso vamos em frente lutar contra a artificialidade e vivermos sem medo de ser quem somos de verdade e sobretudo vivermos a vida que Deus em Cristo nos deu por meio de sua redenção.

domingo, 18 de janeiro de 2015

QUANDO NÃO HÁ PERDÃO...







Nessa semana que passou, como tantas outras pessoas fiquei bastante atento às notícias sobre o Brasileiro Marco Archer que foi condenado à morte e executado sábado dia 17/01/2015 às 15:30 hora de Brasília na Indonésia, acredito que como muitos brasileiros eu tinha em meu coração uma ponta de esperança sobre a pena ser revogada ou reavaliada em fim, é verdade que muitos brasileiros também concordaram com o triste e  trágico fim do brasileiro “ afinal ele merecia não é mesmo”?Foi o comentário de muitos. Ao meu ver foi uma pena desproporcional ao crime cometido,porém há de se respeitar a soberania de um país e seus trâmites judicias, em meu coração não cabe mais a ideia da pena de morte como uma solução inquestionável para as questões de violência, mas o que quero enfatizar nessa breve reflexão sobre esse triste ocorrido é que do tempo em que passei a acompanhar pelos jornais as notícias sobre a ultima semana de vida de Marco Archer sempre fiquei com a esperança de que a clemência que se pediu sobre o seu caso e de outro brasileiro que está no corredor da morte também por praticar o tráfico de drogas fosse atendido,minha expectativa era que  no ultimo instante antes de ordenar os tiros alguém viesse correndo dizendo:
_Parem, parem! Não é preciso matar, o Presidente Joko Widodo concedeu perdão!
Faço essa reflexão como analogia como costumo fazer, quem me conhece sabe disso.
E se não houvesse perdão para os meus erros?- E se não houvesse clemência para os meus pecados, para as minhas mentiras , fofocas e intrigas pessoais. E se fosse eu ali por causa do meu egoísmo que fere o próximo? E se não houvesse redenção para o meu estado de inimizade com Deus?
Sim é a morte que nos resta quando não há perdão, quando viramos as costas para a  misericórdia  e a clemência, trevas e  desespero cercam nossas relações, quando não estamos dispostos à dar o braço à torcer afinal, ele  ou ela tem que pagar pelo que fez não é mesmo? -Fico muito preocupado ao perceber que cada vez mais vejo as pessoas confundirem justiça com vingança.
Que o Senhor nos cubra com sua misericórdia todos os dias, e que consigamos transmitir essa graça aos outros e minha esperança é que Marco Archer tenha sido recebido por Cristo em seu paraíso tendo assim ganhado a vida que realmente vale a pena e a justificação que só Filho de Deus pode conceder.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

PRA NÃO LAMBER AS PRÓPRIAS FERIDAS...





Há algum tempo atrás me deparei com um cachorro que utilizava um objeto que mais se parece com um funil em volta do pescoço, o que fui descobrir um pouco mais tarde se tratar de um  colar elisabetano, isso por que esteticamente parece com os colarinhos de tecido branco engomado que era muito utilizado no período da rainha Elisabete há alguns séculos atrás. A questão é que fui tomado de sobressalto ao pensar na funcionalidade desse colar e o que tal situação tem à nos ensinar, esses colares são colocados principalmente em situações em que o animal está com alguma ferida, ou cicatriz de cirurgia recente onde os pontos ainda estão na pele, esse objeto tem a função de  impedir que o cachorro ou gato passe a língua ou coce com os dentes a ferida, pois se isso não for feito o animal corre o risco de ter seu ferimento agravado por infecções ou de até mesmo retirar os pontos de uma cirurgia dificultando a recuperação dele mesmo e em casos extremos agravando a situação para um risco de morte.
O pensamento que me veio à mente ao refletir sobre isso é que muitas vezes nós seres humanos de certa forma precisamos ter um colar desses quanto à feridas que sofremos na caminhada da vida, a verdade é que em situações de adversidade e de dor temos uma tendência de autoproteção e da mesma forma somos levados à altas doses de auto piedade e passamos horas e horas de lamentação lambendo as nossas feridas, assim como no animal tal atitude mental e espiritual também dificulta nas recuperações diante de circunstâncias dolorosas de perdas ou frustrações, se ficarmos em um estado de autocomiseração somos infectados por um espírito de derrota que nos leva à um estado de prostração e inanição na vida, é preciso agir como se tivéssemos um colar elisabetano, e ignorar a coceira, a dor e deixar que a ferida se feche por si mesmo e seguir em frente com fé e coragem.